Falam do negro na senzala, do negro
livre, da religião, da comunidade, dos hábitos, seus feitos, cantos de louvor,
de tristeza, de revolta, de desafio, etc. Reza a tradição que antes de o jogo
de capoeira começar, o solista dá o aviso – “olha a volta ao mundo camará”. Há
variações como:
- Ladainhas: São cantigas de saudação
no início do jogo de Angola, podendo ser um aviso, uma reza, um lamento, um
desabafo, um agrado ou um desafio.
Perguntaram A Seu Pastinha
Iê!
Uma vez
Perguntaram a Seu Pastinha
O que é a capoeira
E ele
Mestre velho e respeitado
Ficou um tempo calado
Revirando a sua alma
Depois respondeu com calma
Em forma de ladainha
A capoeira
É um jogo, é um brinquedo
É se respeitar o medo
E dosar bem a coragem
É uma luta
É manha de mandingueiro
É o vento no veleiro
É um lamento na senzala
É um corpo arrepiado
Um berimbau bem tocado
O sorriso de um menininho
A Capoeira
é o vôo de um passarinho
Bote de cobra coral
Sentir na boca
Todo o gosto do perigo
E sorrir para inimigo
Ao apertar a sua mão
É o grito de Zumbi
Ecoando no quilombo
É se levantar de um tombo
Antes de tocar o chão
É o odio
E a esperança que nasce
Um tapa explodiu na face
Foi arder no coração
Enfim
É aceitar o desafio
Com vontade de lutar
Capoeira é um pequeno navio
Solto nas ondas do mar
É um barquinho pequenino
Solto nas ondas do mar
Um barco que segue sem destino
Solto nas ondas do mar
É um barquinho de um menino
Solto nas ondas do mar
Devagar na vida, peregrino
Solto nas ondas do mar
É un peixe, é um peixinho
Solto nas ondas do mar
Uma vez
Perguntaram a Seu Pastinha
O que é a capoeira
E ele
Mestre velho e respeitado
Ficou um tempo calado
Revirando a sua alma
Depois respondeu com calma
Em forma de ladainha
A capoeira
É um jogo, é um brinquedo
É se respeitar o medo
E dosar bem a coragem
É uma luta
É manha de mandingueiro
É o vento no veleiro
É um lamento na senzala
É um corpo arrepiado
Um berimbau bem tocado
O sorriso de um menininho
A Capoeira
é o vôo de um passarinho
Bote de cobra coral
Sentir na boca
Todo o gosto do perigo
E sorrir para inimigo
Ao apertar a sua mão
É o grito de Zumbi
Ecoando no quilombo
É se levantar de um tombo
Antes de tocar o chão
É o odio
E a esperança que nasce
Um tapa explodiu na face
Foi arder no coração
Enfim
É aceitar o desafio
Com vontade de lutar
Capoeira é um pequeno navio
Solto nas ondas do mar
É um barquinho pequenino
Solto nas ondas do mar
Um barco que segue sem destino
Solto nas ondas do mar
É um barquinho de um menino
Solto nas ondas do mar
Devagar na vida, peregrino
Solto nas ondas do mar
É un peixe, é um peixinho
Solto nas ondas do mar
- Quadras: São versos que contam
pequenos trechos da história da capoeira em seus diversos aspectos. As quadras
podem ser cantadas em qualquer toque como a Banguela.
A palma de Bimba
A palma estava errada
Bimba parou outra vez
Bata esta palma direito
A palma de Bimba é um, dois, três
Olha a palma de Bimba
É um, dois, três
Se você e devoto de Bimba
Na roda ele vai lhe ajudar
Mas se não e, sai correndo
Que a roda ta aberta, E o bicho vai pegar
Bimba parou outra vez
Bata esta palma direito
A palma de Bimba é um, dois, três
Olha a palma de Bimba
É um, dois, três
Se você e devoto de Bimba
Na roda ele vai lhe ajudar
Mas se não e, sai correndo
Que a roda ta aberta, E o bicho vai pegar
E a palma de Bimba
É um, dois, três
A quadra estava errada
Bimba parou outra vez
Cante esta quadra direito
A palma de Bimba
É um, dois, três
A quadra estava errada
Bimba parou outra vez
Cante esta quadra direito
A palma de Bimba
Olha a palma de Bimba
É um, dois, três
A Iuna estava errada
Bimba falou outra vez
Não maltrate esta ave moleque
E a palma de Bimba
Olha a palma de Bimba
É um, dois, três
A ginga estava errada
Bimba parou outra vez
O ginga bonito moleque
E a palma de Bimba
É um, dois, três
A Iuna estava errada
Bimba falou outra vez
Não maltrate esta ave moleque
E a palma de Bimba
Olha a palma de Bimba
É um, dois, três
A ginga estava errada
Bimba parou outra vez
O ginga bonito moleque
E a palma de Bimba
Olha a palma de Bimba
É um, dois, três
É um, dois, três
- Corridos: São versos, às vezes palavras, que
o solista canta e o coro responde da mesma forma. Os corridos são executados
sempre com o toque São Bento Grande da Regional.
Ô LELÊ (O LAÊ LAÊ LÁ)
Luanda ê pandeiro
Ô Luanda ê Pará
Teresa samba deitada
Ô Idalina samba de pé
Ô lá no cais da Bahia
Na roda de Capoeira
Não tem lelê, não tem lá
Não tem lelê, nem lalá
Ô laê laê lá
Ô lelê
Ô laê laê lá
Ô lelê
Ô laê laê lá
Ô Luanda ê Pará
Teresa samba deitada
Ô Idalina samba de pé
Ô lá no cais da Bahia
Na roda de Capoeira
Não tem lelê, não tem lá
Não tem lelê, nem lalá
Ô laê laê lá
Ô lelê
Ô laê laê lá
Ô lelê
Ô laê laê lá
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